quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ESCONDIDINHO VERSÃO DE DEZEMBRO

Em post de seis de junho deste ano, ESCONDIDINHO DE MANDIOCA E CARNE SECA, falamos sobre este pequeno prazer. Como já disse, sou um cozinheiro de oportunidades, o que quer dizer que muitas vezes preparo de acordo com os ingredientes que tenho em mãos. Desta vez tive a sorte de ser presenteado com uma excepcional peça de carne de sol... Um belo motivo para reunir os  amigos em torno da mesa e abrir uma garrafa de vinho

A carne de sol é o resultado de um método de conservar alimentos de origem animal, salgando e secando ao sol as peças de carne, em geral bovina. Ela é erroneamente confundida com carne seca, que tem um processo semelhante de confecção, o que confere uma diferença fundamental em seu sabor final A carne de sol é ligeiramente salgada e depois colocada para secar em local coberto e ventilado. O processo de secagem é rápido e o interior da carne fica úmido e macio. Já a carne seca leva mais sal e é empilhada em locais secos para sua desidratação. O resultado final é que a carne seca fica bem mais salgada se comparada com a carne de sol.

O processo artesanal de preparo da carne de sol é muito comum na região norte do meu estado, Minas Gerais, que é uma região que possui semelhanças geográficas e culturais com o Nordeste do nosso país.

Para fazer a carne para o recheio optei por dessalgá-la em água gelada, por cerca de 36 horas, trocando a água a cada seis horas e deixando na geladeira. Ela foi então cozida em panela de pressão, temperada com sal e pimenta do reino a gosto, uma cebola grande picada grosseiramente, dois dentes de alho, além de um bouquet garni para agregar sabor. Ela foi então desfiada e montada nos vasilhames conforme a receita descrita no post anterior, que também mudei um pouco no creme de mandioca que ao invés de leite e requeijão, usei creme de leite fresco, parmesão ralado e uma pitada de noz moscada.



Deve ter ficado bom... Meus convidados só deixaram restar um vasilhame, ainda bem porque o coitado do cozinheiro também tem fome...



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"Decifra-me ou devoro-te!" - A Esfinge em Édipo-Rei de Sófocles.