domingo, 30 de dezembro de 2012

THE GINGLE BELLS' LUNCH

Ano passado já havia sido assim... Novamente a cozinha do Natal sobrou para mim. Não que eu faça alguma objeção... Tivemos que fazer o almoço de Natal no dia 24, uma vez que no dia 25 eu estava de plantão...

Comecei o preparo na véspera, na verdade fiquei uma semana planejando e quase vinte quatro horas envolvido na compra dos ingredientes seu preparo prévio e por fim sua finalização, mas gostei do resultado. Mesmo porque não há prazer maior do que cozinhar e comemorar junto da família!!!

"The Gingle Bell's Lunch"!!!

INGREDIENTES (para o lombo):
  • 01 peça de lombo suíno com cerca de 1,5 kg
  • 02 cebolas grandes
  • 06 dentes de alho 
  • 01 talo grande de salsão
  • Tomilho a gosto
  • Sal e pimenta do reino branca e preta a gosto
  • 500 ml de vinho branco
  • 150 g de manteiga
  • Bacon fatiado quanto baste
  • 02 folhas de louro
  • Azeite quanto baste
PREPARO:

Disposição... A receita começa na véspera. Limpe o excesso de gordura da peça e faça pequenos furos nela com ponta da faca para que o tempero melhor penetre. Tempere a peça com sal e um mix de pimentas do reino branca e preta a gosto, regando com um bom fio de azeite. Reserve. 

Recubra o fundo de uma travessa com a  cebola e o salsão grosseiramente picados, os dentes de alho inteiros, o tomilho e as folhas de louro. Coloque a peça de lombo por sobre estes ingredientes e despeje o vinho branco. Cubra com o filme plástico de PVC, e deixe marinar na geladeira por menos oito horas. Vire a peça pelo menos uma vez para que todos seus lados absorvam o tempero.

No dia seguinte, retire a peça, pincele-a com manteiga e a envolva com as fatias de bacon. Leve ao forno pré-aquecido, inicialmente coberta por folha de papel alumínio e posteriormente sem para dourar, e deixe cozinhar lentamente. O tempo total de cozimento dependerá de seu forno, mas ele deverá ser em torno de duas a três horas. Acompanhe e, se necessário, fatie um pedaço para verificar o cozimento e o tempero, que poderão neste ponto ser corrigidos.

Retire do forno após estar assado e deixe descansar por cerca de 30 minutos para facilitar o corte. Como acompanhamento optei por duas guarnições. Primeiro, batatas e cenouras salteadas na manteiga e temperadas com páprica e um arroz alvinegro, obtido com o cozimento do arroz junto a sementes de gergelim negro.

Por fim o caldo resultante do cozimento do lombo foi coado e reservado para completar um molho de roux amarelo. Ele é feito com uma colher de sopa de manteiga, derretida em uma panela aquecida, misturada a uma outra colher de sopa de farinha de trigo, mexendo bem, até que elas se incorporem e formem um creme. Vá adicionando então o líquido resultante do cozimento do lombo, sempre mexendo e, se quiser um novo sabor, algumas gotas de sumo de limão siciliano. Deixe levantar fervura e reduzir para cerca de 2/3 de seu volume. Este molho não é essencial ao prato, nem citei seus ingredientes na receita, mas caso vocês tenham oportunidade, sugiram que o façam, pois seu sabor é fenomenal.

Servi as fatias de lombo, com um pedaço do bacon que deverá ter ficado crocante, em uma base do molho de roux, acompanhadas das batatas, da cenoura e do arroz...



E, claro, grandes ocasiões merecem grandes vinhos. Abri um último exemplar de um Brunello di Montalcino, 2005, guardado a sete chaves na minha adega e que dispensa quaisquer comentários.


Por fim, fico devendo a receita da sobremesa, que estava tão boa, segundo meus bondosos familiares , que não tive tempo de fotografar... Foi um Crumble de frutas , maçã, pera portuguesa e manga, que prometo repetir e apresentar.

SATURDAY NIGHT

Existem dias e dias, e claro noites e noites. Com um pé na boêmia, para não dizer os dois, e quiçá boa parte do corpo, eu e minha esposa sempre tivemos o hábito de, sábado à noite, sairmos para aproveitar lúdicos prazeres. Mas eventualmente, somos obrigados a programas caseiros, nem sempre por opção pessoal...Especialmente neste último sábado ficamos em casa. A solução foi uma  improvisação com aquilo que tínhamos à mão...

INGREDIENTES:
  • 300 g de batatas inglesas, picadas com as cascas
  • 200 g de linguiça tipo calabresa
  • 100 g de salame de javali condimentado
  • 100 g de manteiga
  • Óleo de canola quanto baste
  • Farinha de trigo quanto baste
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • 50 ml de cachaça
  • Ervas secas de seu gosto, usei as de Provence
  • Cerveja quanto baste

PREPARO:

Lave bem as batatas e as pique, sem necessidade cascá-las, tempere com sal e pimenta do reino a gosto, polvilhe com a farinha de trigo e por fim com as ervas. Deixe descansar por alguns minutos. 

Aqueça uma frigideira, derreta a manteiga e com uma boa quantidade óleo e, assim que a mistura esteja bem quente, frite as batatas. A farinha de trigo deixará as batatas crocantes por fora e macias por dentro. Retire, escorra e reserve.

Em outra frigideira aqueça o restante da manteiga com mais uma boa quantidade óleo e, também quando estiver bem quente, frite a calabresa. Adicione a seguir a cachaça, incendeie e flambe a linguiça, até que a chama se extingua. Retire, escorra e reserve.

Fatie finamente o salame de javali e os monte em uma travessa junto da linguiça calabresa flambada na cachaça e as batatas.


E a cerveja? Bem, em um prato como este ela é acompanhamento fundamental, principalmente quando está bem gelada. A quantidade? Quanto baste... Para mim, com o calor que estava fazendo, precisou de muito...

JANTAR DA CONFRARIA

Acho que já comentei em post anterior que faço parte de uma confraria de que regularmente se reúne para cozinhar e harmonizar bebidas, ora na casa de um ora na de outro. Encontramo-nos durante todo o ano de 2012 e foram uma miríade de pequenos e grandes prazeres.

Mas no final do ano, optamos por nos dar um descanso... Escolhemos levar o jantar do mês para uma restaurante premiado aqui das alterosas. Nossa escolha foi o Vecchio Sogno Ristorante, do premiadíssimo e aclamado Chef Ivo Faria.

Uma das referências gastronômicas de Belo Horizonte, o Chef Ivo Faria oferece em seu estabelecimento uma culinária diversificada, de bases italianas, indo de clássicos a pratos contemporâneos com toques regionalistas. De menu requintado possui  atendimento diferenciado e uma carta de vinhos espetacular.

Não vou listar todos os pratos que degustamos, afinal éramos cinco casais... Sugiro que vocês o visitem e experimentem todos os possíveis.

A entrada foi uma degustação de pães da casa com azeite, sardela e patês. De uma simplicidade ímpar mas de qualidade e sabores extremos.


Minha opção de prato principal foi o Prato da Boa Lembrança (www.boalembranca.com.br) do ano de 2012 da casa, a Panturrilha de Porco com Molho de Mostarda Mineira (http://www.boalembranca.com.br/galeria_de_pratos/hotsite.php?prato=986), cuja receita encontra-se disponível no link.











A harmonização, sugerida pelo sommelier da casa foi com o vinho Boscarelli de Ferrari, 2008, que é um corte da Toscana (90% Sangiovese, 5% Canaiolo e 5% Merlot) que é vinho de coloração vermelha rubi, traços de cereja ácida e amora se mostrando em. boca  suculento e vibrante , com taninos de veludo e bom final.










Para terminar, o clássico Petit Gateau, com um pequeno diferencial da casa...


Enfim, terminamos em grande estilo nossos encontros gastronômicos de 2012... Salute!!!!

IL RISOTTO ROSSO

Mais do mesmo... pouca criatividade ou repetir uma fórmula que dá certo? Decidam vocês... Enquanto isso degustem mais uma preparação..."Il Risotto Rosso"






INGREDIENTES (para seis pessoas):

  • 500 g de arroz arbóreo
  • 250 g de linguiça tipo calabresa condimentada
  • 01 cebola grande picada
  • 02 dentes de alho picados
  • 01 lata de tomate pelado
  • 100 g de manteiga
  • Azeite quanto baste
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • Tomates tipo italianos frescos
  • 200 ml de vinho branco
  • 01 litro de caldo de legumes com uma colher de sobremesa de colorífico

PREPARO:

Frite as linguiças, cortadas em cubos, em um fio de azeite e reserve. Em uma panela aquecida, derreta metade da manteiga, junto de uma boa quantidade azeite e refogue a cebola e o alho. Adicione a seguir a lata de tomate pelado, com os mesmos picados, o arroz arbóreo e os refogue com o vinho branco  até que o arroz  fique translúcido. Experimente, caso esteja muito ácido, uma pitada de açúcar ajuda.


Neste ponto comece a adicionar aos poucos o caldo de legumes com o colorífico, mexendo sempre. Corrija o sal e a pimenta do reino. Quando o arroz estiver cozido al dente, desligue o fogo e adicione o restante da manteiga e a linguiça.

Servi com os tomates frescos, salpicando o risoto com salsa desidratada, pimenta calabresa e um bom fio de azeite





STROGONOFF PETITS PLAISIRS

Strogonoff, aportuguesando estrogonofe, é um prato originário da culinária da Rússia (do russo строганов, stroganov) composto de cubos de carne bovina servidos  em um molho de creme de leite.

Existem várias explicações para o nome. Alguns historiadores da gastronomia presumem que ele seja derivado do nome de algum membro da família Stroganov, talvez Alexander Grigorievich Stroganoff ou do diplomata, Conde Pavel Stroganov. Outra versão diz que o nome do prato viria de uma rica família de Veliky Novgorod, próxima a São Petersburgo, de amigos de Voltaire e influentes junto a Catarina, a Grande. A iguaria teria sido criada no século XIX por um cozinheiro francês que trabalhava para essa família.

Na França recebeu a adição dos champignons e foi considerado prato sofisticado. Com o passar do tempo popularizou-se e deixou de ter seu antigo glamour e prestígio. Invadiu o mundo tornando-se o prato preferido de algumas personagens históricas e celebridades, tais como o presidente norte-americano Abraham Lincoln e do ator e diretor Charles Chaplin.

O estrogonofe é bastante popular em nosso país, onde tem muitas variações, como o uso de carne de frango ou camarões. Além disso, é quase sempre servido com uma porção de arroz branco e batata-palha, enquanto que na Rússia era geralmente servido com batatas cozidas.

Como sua tentado a inventar, esta é a minha leitura do clássico...

INGREDIENTES (para seis pessoas):
  • 01 kg de carne bovina em tiras finas, usei filé mignon, mas pode ser contra-filé ou, alcatra
  • 02 cebolas picadas
  • 03 dentes de alho
  • Sal e pimenta-do-reino a gosto
  • 100 ml  de conhaque
  • 200 g de champignons em conserva fatiados
  • 01 lata de tomate pelado
  • 200 ml de creme de leite fresco
  • 150 g de manteiga
  • Azeite quanto baste

PREPARO:
Em uma panela aquecida, derreta a manteiga com um fio de azeite e doure a carne. Reserve a carne.

Na mesma frigideira, utilizando o sumo que escorreu da fritura da carne,  refogue a cebola e o alho. Retorne então com a carne, tempere com o sal e a pimenta-do-reino. Despeje o conhaque e o incendeie para que ele flambe a carne. Deixe até acabar a chama e junte os champignons. Acrescente a lata de tomates pelados, com eles picados,  e misture bem. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de cinco minutos. Incorpore delicadamente o creme de leite fresco a partir daí, mexendo bem até que ele comece a ferver, e deixando que o molho reduza parte de seu volume.

Sirva quente, com o molho cremoso, não muito fluído. Utilizei como acompanhamento arroz branco, salpicando com ervas de Provence, pimenta calabresa e azeite.

RISOTO MAIA

Algumas partes do mundo viveram neste Dezembro de 2012 uma espécie de catarse. Tudo por conta de uma previsão de fim do mundo (mais uma...) devido ao fim dos dias previstos no Calendário Maia. 

A civilização maia foi uma cultura mesoamerica pré-colombiana, notável por muitos motivos , tais como suas língua escrita, arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo. Dominados pelos espanhóis, nunca desapareceram por completo, sua influência  e alguns costumes estendem-se até os dias atuais.
O calendário maia é um dos mais complexos que se tem conhecimento e um dos mais precisos
Para exemplo de comparação, nosso calendário, o gregoriano, tem uma defasagem anual de seis horas entre a contagem dos dias e o movimento da Terra em torno do Sol, necessitando de um dia a mais a cada quatro anos (bissexto) para corrigir a defasagem, correção que não é necessária no calendário maia. 

Para nosso azar, ou não, estava previsto para 21 de Dezembro de 2012 o fim dos dias. Previsão que parece que não se concretizou. 

Como sou magnânimo e estou feliz pela continuação deste nosso mundo resolvi homenageá-los com um risoto: " O RISOTO MAIA" ou "O MELHOR RISOTO DO DIA EM QUE O MUNDO NÃO ACABOU"

INGREDIENTES (para seis pessoas):
  • 500 g de arroz arbóreo
  • 300 g de pancetta
  • 01 cebola grande picada
  • 02 dentes de alho picados
  • 01 talo de salsão picado
  • 02 pimentas dedo de moça picadas sem sementes
  • 100 g de manteiga
  • 300 ml de creme de leite fresco
  • 200 ml de pisco
  • 01 litro de caldo de legumes com uma colher de sopa rasa de açafrão da terra
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • Azeite quanto baste

PREPARO:

Lembrete da regra básico do risoto: cuidado e atenção, são simples mas temperamentais. Precisam de seu cuidado. Bom dito isso, em uma panela com fio de azeite, frite a pancetta ou bacon defumado, picada em cubos. Adicione a seguir a cebola, ao alho, a pimenta e o salsão picados e os refogue. A seguir, coloque na mesma panela o arroz arbóreo e o refogue também até que mude de cor, ficando translúcido. Nesse momento inicie seu processo de cozimento adicionando o pisco . 

O pisco é uma bebida andina muito saborosa. A experimentação vale. Caso você não tenha como comprá-lo, use vinho branco. Deixe cozinhar por mais ou menos cinco minutos até que o álcool evapore e fique apenas o sabor da bebida. A partir daí vá adicionando o caldo de legumes com açafrão, mexendo sempre até que ele cozinhe al dente. Corrija o sal e a pimenta do reino. Assim que o arroz esteja cozido, abaixe o fogo e adicione o creme de leite, mexa para que ele se misture e incorpore. Desligue então o fogo e finalize com a manteiga.



Fiquei tão feliz com a continuação do mundo que harmonizei com um espumante francês o Louis Perdrier Brut Excellence que, segundo o Sommelier Wine (http://www.wine.com.br/vinhos/espumante-louis-perdrier-brut-excellence/prodPL06.html) " é um espumante francês ideal para festas. Produzido pela renomada Patriache Pere & Fils, agrada facilmente diversos paladares com seu frescor e leveza. O aroma é marcado por frutas brancas e leve nota de torradas. O par perfeito se faz com salada caprese, peixes fritos e carpaccios, além de ser ótimo aperitivo na beira da piscina ou no churrasco."



THE GREAT MEATLOAF

Primar pela simplicidade... Recentemente vi em um dos programas do Chef  e astro inglês Jamie Oliver, transmitido pelo canal pago GNT, uma receita similar a esta. Basicamente ela é um bolo de carne. Podendo ser usada como recheio para aves ou como acompanhamento. 
Fiz algumas adaptações pessoais e inseri, para dar um pouco mais de graça, um molho de Roquefort com mostarda de Dijon. Apresentarei duas versões, em assadeiras diferentes e com alguns ingredientes também diversos. 

O resultado? "The Great Meatloaf".

INGREDIENTES:
  • 500 g de patinho bovino picado em cubos
  • 500 g de lombo suíno picado em cubos
  • 100 g de bacon picado em cubos
  • 200 g de linguiça calabresa ou 100 g de champignons em conserva
  • 01 cebola grande
  • 02 dentes de alho
  • 01 maço de cebolinha
  • Farinha de rosca, quanto baste
  • Azeite, quanto baste
  • Sal e pimenta do reino a gosto

Para o molho:
  • 100 g de queijo Roquefort
  • 200 ml de creme de leite fresco
  • 50 g de manteiga
  • 01 colher de chá de Mostarda de Dijon

PREPARO:
Em um processador coloque os cubos dos dois tipos de carne (a suína e a bovina), o bacon e processe. Optei por colocar os dois tipos diferentes de carne porque deixamo resultado final com uma textura mais leve. Reserve.
Ainda no processador, coloque a cebola o alho e a cebolinha e processe também. Adicione o resultado à carne, tempere com sal e pimenta do reino a gosto, com um bom fio de azeite e com farinha de rosca. Vá sovando para que os ingredientes se agreguem. Eu uso cerca de uma xícara de chá de farinha de rosca. Esta quantidade depende da sua sensibilidade e da textura da massa. Lembre-se apenas que quanto mais farinha, mais pesada a massa ficará, por outro lado, sem a farinha para a liga, as carnes e os demais ingredientes não se agregarão.  
Uma outra variação é o ingrediente "especial". Fiz uma variação com linguiça calabresa e outra com os champignons em conserva, que durante o preparo da massa foram também acrescentados. Deixe uma quantidade reservada, para colocar sobre a massa pronta e enformada, para decoração.
A massa de carne deverá ser enformada e levada em forno médio por pré-aquecido por cerca de 50 a 60 min. A forma não precisa ser untada, uma vez que já existe teor de gordura suficiente na massa.
Enquanto a massa está no forno, prepare em uma panela o molho. Derreta a manteiga e adicione o creme de leite, mexendo bem para que se misturem. A seguir pique o o queijo Roquefort me pedaços e o adicione à mistura de creme de leite manteiga, para que lentamente derreta. Mexendo sempre para os sabores se unam. Por fim a mostarda de Dijon que,caso você não a tenha, use a mostarda comum. 

Sirva o bolo de carne cortado em pedaços, coberto por uma boa quantidade do molho.



Minha sugestão de harmonização é um vinho espetacular da Bodega Norton, da região de Mendoza na Argentina, o Malbec 2011. De cor púrpura e toques violáceos, boa intensidade aromática, lembrando frutas vermelhas maduras. Apesar de ainda jovem é um vinho de boa estrutura, com taninos doces, redondos e aveludados.

sábado, 22 de dezembro de 2012

NATUREZA HUMANA

Achei hoje... E não é uma receita, mas não deixa de ser um pequeno prazer...

Escrevi há pelo menos 20 anos, mas atual para tempos de fim do mundo.

"Natureza Humana"

Da Ordem fez-se o Caos.
O Caos o trouxe.
Engendrado no Fogo.
Maturado na Ira.
Vivendo só.
Semeando desilusões.
Filho da discórdia.
Enfim, simplesmente humano.

Em breve mais da minha produção literária... E a imagem? Do dia em que o mundo não acabou!!!


sábado, 15 de dezembro de 2012

THE WIFE'S PIE

Não sei onde ela aprendeu, mas minha esposa faz uma torta salgada, deliciosa e de fácil preparo, cuja massa fica leve e areada. O melhor, como vocês verão, é que o recheio depende da sua imaginação...

INGREDIENTES (para um tabuleiro grande):

Para a massa:
  • 02 xícaras de chá de leite
  • 03 ovos
  • 1/2 xícara de chá de óleo de canola
  • 01 cubo de caldo de legumes
  • 1/2 cebola
  • 02 xícaras de chá de de farinha de trigo
  • 01 colher de sopa rasa de fermento em pó
  • Manteiga quanto baste
Para o recheio (use o que você tiver em mãos... eu, digo minha esposa a cozinheira da vez, tinha os seguintes ingredientes e resolveu combiná-los):
  • 01 berinjela grande fatiada finamente
  • 01 abobrinha italiana também fatiada finamente
  • 01 cebola grande picada
  • 02 dentes de alho picados
  • 200 g de bacon em cubos
  • 300 g de linguiça tropeira cortada em pedaços
  • 01 lata de tomate pelado
  • Óleo de canola quanto baste
  • Sal e pimenta do reino a gosto
PREPARO:

Bata no liquidificador os ovos, leite,  o óleo de canola, a cebola e o cubo de caldo de legumes. Adicione a farinha de trigo e por último o fermento em pó, batendo até que a massa fique consistente. Coloque  a metade da massa em forma untada com manteiga  e polvilhada com farinha de trigo. 

Aqui vai um pequeno segredo... Leve a base da massa ao forno pré-aquecido por cerca de cinco a dez minutos para que ela fique mais consistente e o recheio não se misture a ela. Reserve.

Em uma panela aqueça o óleo e adicione o bacon e a linguiça para que fritem. A seguir coloque a berinjela, a abobrinha, a cebola e o alho, deixando que eles refoguem. Neste ponto adicione o tomate pelado picado, o sal e a pimenta do reino. Deixe reduzir o volume para metade , reserve e deixe que esfrie um pouco

Coloque o recheio sobre a base da massa pré assada e cubra-o com o restante da  massa. Asse em forno médio pré-aquecido por aproximadamente 30 a 40 minutos.

Espere esfriar para cortar...












Boa para um lanche vespertino ou para um pequeno convescote, recepcionando os amigos...


THE BULL DRUNK


A maminha, também conhecida como ponta de alcatra, é a parte mais macia deste corte. É um corte de primeira, da parte traseira bovina. É normalmente suculenta, mas de sabor suave. 

Usualmente é utilizada para churrascos ou na grelha, tornando-se uma opção "mais magra" à tradicional picanha. Mas ela também pode ser preparada em assados, cozida na panela ou em bifes. Como toda carne, deve ser cortada de forma correta, ou seja, contra as fibras, para acentuar sua maciez. 

Esta pequena digressão foi apresentar o prato de hoje: The Bull Drunk...

INGREDIENTES:
  • Uma peça de maminha com cerca de 1,5 kg
  • 100 g de bacon
  • Sal e pimenta-do-reino à gosto
  • Azeite quanto baste
  • 04 cebolas cortados grosseiramente
  • 03 dentes de alho fatiados
  • 02 folhas de louro
  • 01 colher de sopa de colorífico
  • 200 ml de cachaça

PREPARO:

Pique o bacon em cubos. Faça furos na peça de maminha, e introduza os cubos de bacon nela. Tempere a maminha com sal e pimenta-do-reino, deixando-a descansar por cerca de 30 minutos. Numa panela aqueça o azeite e doure a peça. Tive que cortar a peça em duas devido ao seu tamanho. Retire a carne da panela e reserve. Na mesma panela adicione a cebola e o alho e os refogue. A seguir acrescente novamente a peça, água suficiente para cobri-la, o colorífico, as folhas de louro e a cachaça. Deixe cozinhar levemente em fogo baixo, por cerca de uma hora e meia, completando com um pouco de água, à medida que o nível do caldo baixe.
A cachaça confere um sabor diferenciado à carne e a deixa mais macia do que ela já é. Aos abstêmios não se preocupem, o calor evapora o álcool, mantendo apenas o sabor e os aromas da bebida.

Retire a peça e a deixe descansar para que esfrie e fique mais fácil de manipular e cortar. Novamente, não se preocupem... A carne servirá servida com um molho quente... Coe o caldo e o retorne ao fogo baixo para que reduza até cerca da metade de seu volume. Experimente e se necessário corrija o sal e a pimenta do reino.

Servi os bifes cobertos pelo caldo e salpicados por salsa desidratada e pimenta calabresa.



Em tempo, aproveitei e tomei uma dose da cachaça que usei para cozinhar...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

MOUSSE DE LIMÃO BRULÉE

OK... O ano para terminar e eu que, até agora não postei nada sobre o Crème Brûlée (na grafia francesa), que é claramente para mim uma fonte de inspiração e prazer...

Franceses, espanhóis e ingleses disputam sua origem mas minha versão preferida, e também a mais difundida, é de que o crème brûlée, tem sua primeira referência histórica na França, e se encontra no livro Nouveau Cuisinier Royal et Bourgeois, de François Massialot, publicado em 1691. Existe uma vertente que defende a origem espanhola, sendo o brûlée derivado do Crema Catalana...

Independente da origem, o ponto comum é que depois de preparados  e cozidos os ingredientes,  é preciso salpicar  bastante açúcar por cima do creme resultante e queimá-lo, daí o nome brûlée (que em francês significa "queimado") para que ele adquira sua bela cor característica.

Mas hoje não vou apresentar a receita clássica... Esta é uma releitura pessoal, mas por favor não me crucifiquem se alguém também já fez.... Digo pessoal porque não vi descrição, mas reforço, bom gosto de quem pensou como eu ...

A seguir o meu Mousse de Limão Brûlèe...

INGREDIENTES (para dez porções)
  • 350 g de leite condensado
  • 200 g de creme de leite
  • Suco de dez limões (usei cinco limões sicilianos e cinco limões taiti)
  • Duas colheres de sopa de açúcar (para a mousse)
  • Açúcar quanto baste para as coberturas

PREPARO:

Em um liquidificador ou processador coloque o creme de leite e o leite condensado, inicie o processamento e vá adicionando suco de limão, para que ele seja incorporado ao creme. Deixe que misture por cerca de três minutos para que aere bem a mistura. Experimente, se necessário, adicione o açúcar, continuando a mexer.

Disponha a mousse nos ramequins e leve à geladeira por quatro horas para que assuma uma consistência mais firme. Na hora de servir, polvilhe por cima da mousse uma boa quantidade açúcar e"queime" utilizando um maçarico de cozinha.

Realmente quebrar a casca dourada crocante é um prazer...



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ESCONDIDINHO VERSÃO DE DEZEMBRO

Em post de seis de junho deste ano, ESCONDIDINHO DE MANDIOCA E CARNE SECA, falamos sobre este pequeno prazer. Como já disse, sou um cozinheiro de oportunidades, o que quer dizer que muitas vezes preparo de acordo com os ingredientes que tenho em mãos. Desta vez tive a sorte de ser presenteado com uma excepcional peça de carne de sol... Um belo motivo para reunir os  amigos em torno da mesa e abrir uma garrafa de vinho

A carne de sol é o resultado de um método de conservar alimentos de origem animal, salgando e secando ao sol as peças de carne, em geral bovina. Ela é erroneamente confundida com carne seca, que tem um processo semelhante de confecção, o que confere uma diferença fundamental em seu sabor final A carne de sol é ligeiramente salgada e depois colocada para secar em local coberto e ventilado. O processo de secagem é rápido e o interior da carne fica úmido e macio. Já a carne seca leva mais sal e é empilhada em locais secos para sua desidratação. O resultado final é que a carne seca fica bem mais salgada se comparada com a carne de sol.

O processo artesanal de preparo da carne de sol é muito comum na região norte do meu estado, Minas Gerais, que é uma região que possui semelhanças geográficas e culturais com o Nordeste do nosso país.

Para fazer a carne para o recheio optei por dessalgá-la em água gelada, por cerca de 36 horas, trocando a água a cada seis horas e deixando na geladeira. Ela foi então cozida em panela de pressão, temperada com sal e pimenta do reino a gosto, uma cebola grande picada grosseiramente, dois dentes de alho, além de um bouquet garni para agregar sabor. Ela foi então desfiada e montada nos vasilhames conforme a receita descrita no post anterior, que também mudei um pouco no creme de mandioca que ao invés de leite e requeijão, usei creme de leite fresco, parmesão ralado e uma pitada de noz moscada.



Deve ter ficado bom... Meus convidados só deixaram restar um vasilhame, ainda bem porque o coitado do cozinheiro também tem fome...



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

FILÉ SUÍNO ESPORTE FINO

Uma boa sugestão para o final de ano... O espetacular Filé Suíno Esporte Fino... Em roupa de berinjela, acompanhado de risoto de vinho tinto, batatas com ervas e abobrinha confitada... Uau


INGREDIENTES (para seis pessoas):
Para o filé suíno:
  • Cerca de 01 kg de filé suíno (duas peças de cerca de 500 a 600 g cada) 
  • 02 berinjelas médias 
  • Sal e pimenta do reino agosto 
  • Azeite quanto baste
  • 01 cabeça de alho
  • 02 cebolas grandes grosseiramente picadas
Para o risoto de vinho tinto:
  • 300 g de arroz arbóreo
  • 01 cebola média picada
  • 02 dentes de alho picados
  • 200 ml de vinho tinto
  • 02 l de caldo de legumes
  • 200 ml de creme de leite fresco
  • 50 g de manteiga
Para as batatas com ervas:
  • 200 g de batatas pequenas picadas em cubos
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • 01 colher de sopa de Farinha de trigo
  • Óleo de canola quanto baste
  • Mix de ervas secas a gosto
Para a abobrinha confitada:
  • 01 abobrinha italiana finamente fatiada
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • Azeite quanto baste

PREPARO:

Tempere as peças de filé suíno, com sal e pimenta do reino a gosto e sele todos os seus lados em uma frigideira aquecida com fio de azeite. Reserve. Fatie a berinjela finamente e, na mesma frigideira em que foi selado o filé, doure rapidamente as fatias. Disponha as fatias de berinjela em uma folha de filme plastico de PVC, enrole a carne na berinjela e feche no PVC. Guarde por cerca de 30 minutos na geladeira e, em seguida, retire do PVC. Asse em um pirex, em forno médio pré-aquecido, com azeite, os alhos inteiros e  a cebola por cerca de vinte minutos. Espere esfriar um pouco para fatiar.


Em uma panela aquecida com um fio de azeite, refogue a cebola e o alho picados, assim que eles mudem de cor, adicione o arroz e  a seguir o vinho tinto. E por favor, um bom vinho... Refogue. Vá adicionando o caldo de legumes, mexendo sempre, até que o arroz cozinhe al dente. Corrija o sal e a pimenta do reino. Assim que ele estiver cozido, abaixe o fogo e adicione o creme de leite, também mexendo. Desligue o fogo e finalize com a manteiga.

Tempere as batatas com sal e pimenta do reino a gosto, misture a farinha de trigo, para que elas fiquem mais crocantes ao fritar, e em uma frigideira aquecida com óleo de canola as frite, salpicando-as com as ervas de seu gosto, usei manjericão e tomilho.

Coloque as fatias de abobrinha em um refratário, temperadas com sal e pimenta do reino a gosto, cobertas por uma boa quantidade de azeite e leve ao forno médio, pré-aquecido por cinco minutos.

Servido com mais um pouco de azeite, pimenta calabresa e ervas.