quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A MELHOR CARNE COZIDA À MODA DOS BOTECOS

Sem polêmicas... O objetivo é falar de prazeres e satisfações, principalmente se estiverem relacionados à mesa... Mesa da casa da mãe, de restaurante, de bistrô, de boteco,... O bom é celebrar...

Boteco, buteco ou botequim são todos termos oriundos do português de Portugal, botica, e do espanhol,  bodega, que significa depósito, casa de bebidas ou loja em que se vendiam diversos gêneros.






Sou privilegiado neste ponto por morar em Belo Horizonte, a Capital Mundial dos Botecos... Reconhecida até pelo renomado New York Times (http://travel.nytimes.com/2007/10/28/travel/28next.html?_r=0),  e logo também possuidora e criadora do maior festival dessas iguarias o Comida di Buteco (http://www.comidadibuteco.com.br/belo-horizonte/), criado pelo brilhante Chef Eduardo Maya, que dizem um botequeiro por excelência.

Logo, voltando ao início, não vou polemizar... A baixa gastronomia e a alta  trazem o mesmo prazer glutão... Como bom amante da cultura e das comidas de boteco que sou, hoje me rendo para um clássico da gastronomia  botequeira: A CARNE DE PANELA!!! 

Cozida, ela não anda sozinha. Acompanhada de pão ou de farofa , harmonizada com uma cerveja bem gelada ela é uma das iguarias que mais tradicionalmente protagonizam os cardápios belorizontinos. Vamos aos prazeres...

INGREDIENTES:

Para a carne:
  • 01 kg de músculo bovino picado em cubos;
  • 01 cebola grande picada grosseiramente
  • 03 dentes de alho picados
  • 01 pimenta dedo de moça picada e sem sementes
  • 300 ml de cerveja 
  • 200 g de linguiça tipo tropeira picada
  • Mix de ervas secas a gosto ( usei alecrim, tomilho, salsa e tomate seco)
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • Sumo de 01 limão siciliano
  • Azeite quanto baste

Para a farofa:
  • 01 cebola picada
  • 02 dentes de alho picados
  • 50 g de manteiga
  • 03 ovos
  • 02 xícaras de chá de farinha de mandioca
  • Sal, pimenta do reino e salsinha picada a gosto 
PREPARO:

Tempere os cubos de músculo com sal, pimenta do reino, as ervas e pimenta dedo de moça a gosto. Em um vasilhame, regue-os com um bom fio de azeite e o sumo do limão siciliano, adicione a cebola e o alho picados. Misture bem para que os sabores se agreguem. A seguir despeje a cerveja, e leva o conteúdo para marinar, coberto por filme plástico de PVC, na geladeira, por cerca de três horas.

Aqueça uma panela de pressão com um fio de azeite, e frite os cubos de carne até que fiquem dourados. Acrescente o restante do conteúdo da marinada, as linguiças e complete com água suficiente para cobrir todos os ingredientes. Deixe levantar fervura, tampe e cozinhe na pressão por cerca de 15 a vinte minutos.
O líquido resultante pode e deve ser usado como molho... Não desperdice estes sabores. Coe e transfira para uma outra panela. Deixe ferver e reduzir para cerca da metade. Despeje então por sobre a carne.

Durante o processo de cozimento da carne, prepare a farofa. Em uma panela aquecida adicione a manteiga e coloque a cebola e o alho, deixe dourar e coloque a seguir  a farinha de mandioca, o sal e a salsinha. Misture para que os sabores agreguem e sejam absorvidos pela farinha de mandioca. Por fim, adicione os ovos mexidos.
Como tira-gosto, a moda dos bares, ou como guarnição para uma refeição a carne de panela com farofa, apesar de simples, sem o glamour  da alta gastronomia, é um prazer gastronômico dos maires








Para harmonizar? Cerveja... Há um tempo queria degustar um exemplar das Irish Stouts. Achei a Murphys, que é, junto da Guinness, uma das marcas mais emblemáticas. De cor  preta, sabor achocolatado, com toques de caramelo e de café torrado, com corpo pouco complexo. Foi uma boa harmonização.



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"Decifra-me ou devoro-te!" - A Esfinge em Édipo-Rei de Sófocles.