segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PAELLA MINEIRA

Em post de 09 de Junho de 2012, (PAELLA VALENCIANA) conversamos sobre a paella. Confesso que fiquei devendo as fotos, mas a receita e a história são aquelas mesmas, coisas que em breve resolverei... Mesmo porque o "assunto" de hoje nasceu nas nossas terras...

Recentemente eu e um dileto amigo fizemos  uma digressão sobre a " paella mineira". Falávamos da inspiração espanhola para um prato que posteriormente concluí e a seguir apresentarei para vocês. Após doses pouco modestas de um Tempanillo 2009, chegamos a conclusão que com ingredientes "mineiros", ou seja típicos dessas montanhosas terras, conseguiríamos fazer um prato tão bom quanto o de além-mar. Claro que sem os frutos do mar, uma vez que a única coisa que falta nessas belas terras é um mar, mesmo que pequeno...

A dificuldade maior foi a escolha dos ingredientes, já que não falta para os lados de cá opções. Mas enfim... A seguir está minha versão, mas entendam a minha escolha de ingredientes não impede a sua. O lúdico de se cozinhar é modificar ingredientes. Então, com vocês a minha  melhor paella mineira!!!

INGREDIENTES (para seis a oito pessoas):
  • 500 g de lombo defumado
  • 250 g de lingüiça defumada 
  • 250 g de bacon defumado
  • 500 g de costelinha  
  • 250 gramas de peito de frango caipira 
  • 02 cebolas grandes picadas
  • 04 dentes de alho picados 
  • 01 pimenta dedo-de-moça sem as sementes e cortada em tiras 
  • 150 gramas de quiabo
  • 02 litros de caldo de frango temperado com uma colher de sopa de açafrão
  • 01 lata de tomate pelado
  • 01 quilo de arroz 
  • Sal e pimenta-do-reino a gosto 
  • 12 ovos de codorna
  • Azeite quanto baste
  • Alecrim e tomilho a gosto
  • Manteiga de garrafa quanto baste
  • 50 ml de cachaça (para o prato, porque o cozinheiro pode querer quantidades maiores)
  • Salsinha e cebolinha a gosto
  • Queijo Minas meia-cura ralado a gosto

PREPARO:

Em uma panela à parte, doure o peito de frango, previamente temperado com sal e pimenta-do-reino,  na manteiga de garrafa. Faça o mesmo com a costelinha, também previamente temperada, e salpique-a com alecrim e tomilho. Finalize-a depois no forno, por cerca de trinta minutos. Reserve.

Enquanto isso prepare o quiabo. Em uma frigideira seca, doure o quiabo sem usar gordura e e nem água na panela. A frigideira deve ser de preferência, anti-aderente. Quando o quiabo começar a dourar, vire e depois retire-o. Reserve.

Em uma panela aquecida, de preferência uma paellera, coloque a manteiga de garrafa e refogue a cebola,  o alho e a pimenta dedo-de-moça. A seguir, adicione a lingüiça, o bacon e o lombo defumado, e os frite. Finalize flambando-os na cachaça. 

Adicione então a lata de tomates pelado, picando-os bem. Deixe levantar fervura e cozinhar por cerca de cinco minutos. Adicione então o frango.





A seguir, adicione o arroz, mexa bem para que os sabores se agreguem e complete com o caldo de frango e açafrão. Misture bem, acerte o sal e a pimenta do reino e  deixe levantar fervura. Tampe a seguir com o papel laminado. Deixe abafado por 10 minutos para o arroz cozinhar. Um detalhe, o segredo, se houver um, é o caldo. Sugiro que vocês façam o caldo (eu sempre tenho algum congelado) mas caso não disponham de tempo ou de disposição, diluir dois tabletes de caldo de frango em dois litros de água fervente é sempre uma opção...

Após esse tempo, experimente. Caso seja necessário adicione mais caldo para cozinhar o arroz ou adicione mais sal e pimenta do reino

Enquanto, isso em uma panela com um fio de azeite frite os ovos de codorna. Finalize a paella adicionando o quiabo e decorando com as costelinhas, os ovos de codorna, salpicando com a cebolinha, salsinha e o queijo Minas meia-cura ralado.









Naturalmente foi preciso que, junto ao prato, servir uma cachaça mineira. E com este tipo de inspiração, uma nova versão já está tomando forma...

Ah, em tempo... Foi tão idílico o dia da paella mineira que acordamos fazer  também uma nova versão da irmã espanhola, e aqui vai outra confissão. Já fizemos...









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"Decifra-me ou devoro-te!" - A Esfinge em Édipo-Rei de Sófocles.